Ensino Híbrido




O que é Ensino Híbrido?
É possível encontrar diferentes definições para Ensino Híbrido na literatura. Todas elas apresentam, de forma geral, a convergência de dois modelos de aprendizagem: o presencial, em que o processo ocorre em sala de aula, como vem sendo realizado há tempos, e o online, que utiliza as tecnologias digitais para promover o ensino.
No modelo híbrido, a ideia é que educadores e estudantes possam ensinar e aprender em tempos e locais variados. Principalmente no Ensino Superior, essa realidade está atrelada a uma metodologia de ensino à distância (EaD), em que o ensino presencial se mistura com o ensino a distância e, em alguns casos, algumas disciplinas são ministradas na forma presencial e, outras, ministradas apenas a distância.
Esse seria o uso original do termo que evoluiu para abarcar um conjunto muito mais rico de estratégias ou dimensões de aprendizagem. Podemos considerar que o termo Ensino Híbrido está enraizado em uma ideia de que não existe uma forma única de aprender e que a aprendizagem é um processo contínuo.

Como surgiu?

A definição de Ensino Híbrido proposta pelo Instituto Clayton Christensen é a que tem sido mais utilizada nas escolas de Educação Básica nos EUA e apresenta as propostas híbridas como concepções possíveis para o uso da tecnologia na cultura escolar contemporânea, uma vez que não é necessário abandonar o que se conhece até o momento para promover a inserção de novas tecnologias em sala de aula regular.
Há possibilidade de personalizar o ensino por meio da utilização de diferentes recursos didáticos, tendo as tecnologias como espinha dorsal do processo.
A organização dos modelos de Ensino Híbrido (HORN & STAKER, 2012; 2015) aborda formas de encaminhamento das aulas em que as tecnologias digitais podem ser inseridas de forma integrada ao currículo e,  portanto, não são consideradas como um fim em si mesmas, mas têm um papel essencial no processo, principalmente em relação à personalização do ensino. objetivo foi levar os professores a experimentarem novas formas de atuação, como proposto pelo Instituto Clayton Christensen, para que fosse possível analisar até que ponto essas novas maneiras poderiam impactar nos resultados esperados em relação ao desempenho de sua turma.
É necessário pensar, para uma utilização eficiente, mudanças em vários níveis: infraestrutura educacional, formação continuada de professores, currículo, práticas de sala de aula; modos de avaliação, entre outros.

Os modelos utilizados

Os modelos mais utilizados pelo grupo com foco no uso da avaliação como recurso de personalização foram:

Modelo de Rotação

Baseado na criação, pelo professor, de diferentes espaços de ensino-aprendizagem dentro ou fora da sala de aula para que os estudantes revezem entre diferentes atividades de acordo com um horário fixo ou de acordo com a orientação do professor.
Os espaços de ensino-aprendizagem podem envolver pequenos grupos de discussões, atividades escritas, leituras e, necessariamente, uma atividade online, propiciando para o aluno a oportunidade de busca de novas fontes de conhecimento fora do seu contexto escolar.
Nesse modelo, há as seguintes propostas:
Rotação por Estações: na qual os estudantes realizam diferentes atividades, em estações, no espaço da sala de aula;
Laboratório Rotacional: neste modelo, os estudantes usam o espaço da sala de aula e laboratórios;
Sala de Aula Invertida: na sala de aula invertida, a teoria é estudada em casa, no formato online, e o espaço da sala de aula é utilizado para discussões, resolução de atividades, entre outras propostas;
Rotação Individual: nesse modelo cada aluno tem uma lista das propostas que deve contemplar em sua rotina para cumprir os temas a serem estudados.
Podemos considerar que os dois ambientes de aprendizagem, a sala de aula tradicional e o ambiente virtual de aprendizagem estão tornando-se gradativamente complementares. Isso ocorre porque, além do uso de variadas tecnologias digitais, o indivíduo interage com o grupo, intensificando a troca de experiências.

O papel dos educadores 

O papel desempenhado pelo professor e pelos alunos sofre alterações em relação à proposta de ensino tradicional e as configurações das aulas favorecem momentos de interação, colaboração e envolvimento com a tecnologia.
O Ensino Híbrido busca o desenvolvimento da autonomia dos alunos para que possam trabalhar em grupos e compartilharem conhecimentos, utilizando tecnologias digitais como aliadas nesse processo.
Sendo assim, o Ensino Híbrido parte de uma proposta metodológica que impacta na ação do professor em situações de ensino e na ação dos estudantes em situações de aprendizagem, pois a troca entre os pares com diferentes habilidades e conhecimento se torna mais fluida e participativa.

fronte: Livro Ensino Híbrido - Lilian Bacich

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