Universidades federais têm 114 mil vagas ociosas


MEC vai lançar plataforma do Sisu para preencher cadeiras vazias. Veja os critérios para concorrer a uma vaga

Censo da Educação Superior 2014, divulgado na última sexta-feira (4), registrou um total de 114 mil vagas ociosas nas instituições federais de ensino. Ou seja, apesar de terem sido liberadas pelo Ministério da Educação (MEC), as vagas não estão sendo ocupadas por nenhum aluno.
Durante a coletiva de imprensa, em Brasília, para comentar os resultados do Censo, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou a criação do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para as vagas remanescentes nas universidades federais.
 A plataforma deve ser lançada no primeiro semestre de 2016 e terá 5 critérios de seleção para transferência de alunos: a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o desempenho do estudante na instituição em que realiza o curso de graduação, a qualidade do curso, se sua região é compatível com a da universidade que deseja migrar e se já é graduado.
 O objetivo do MEC é diminuir o total de cadeiras vazias, que somadas todas as instituições de ensino público superior – federais, estaduais e municipais -totalizam cerca de 150 mil vagas ociosas, sem ter que arcar com custos adicionais.
 “Vamos mudar o mecanismo de repasse de verba para as instituições federais. O MEC não repassará recurso por vaga, mas sim por matrícula efetivamente realizada. Com o mesmo recurso que nós temos hoje, podemos ter 100 mil alunos a mais nas universidades”, disse Mercadante.

Censo da Educação Superior 2014


Outro dado revelado pelo censo foi o total de 7,8 milhões de brasileiros matriculados em cursos de graduação, contabilizando um aumento de 6,8% em relação a 2013. Parte desse aumento está diretamente ligada ao maior número de vagas ofertadas na Rede Federal de Educação Superior, que cresceu 3,7% e totaliza 1.180.068 cadeiras.

Em 2014, mais de 3 milhões de estudantes ingressaram em cursos de graduação, sendo que 82,3% desses alunos entraram em instituições privadas de ensino. Por outro lado, a rede pública saiu na frente no número de matrículas ligadas à pós- graduação.

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